quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

DICIONÁRIO DIABETES

Amputação: ressecção de uma parte terminal de um membro.Angioplastia: restabelecimento de um lúmen arterial através da técnica ou instrumentação percutânea ransluminal.
Autoimunidade: uma condição em que o sistema imunológico do próprio organismo ataca as células. Esta é a base da diabetes tipo 1, em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas e não há mais produção de insulina.
Bolus deInsulina: insulina de ação rápida injetada antes das refeições para baixar os níveis glicêmicos. Este procedimento tenta imitar a liberação natural da insulina após a refeição, que interrompe a elevação da glicose no sangue. O termo também é usado para descrever a dose de insulina que é bombeada antes da refeição, por bomba de insulina.Calçados terapêuticos: calçados confeccionados para o alívio do estresse biomecânico sobre úlcera e que pode acomodar curativos, faixas.
Calçados protetores: calçados confeccionados especialmente para prevenir ulcerações.
Calorias: unidades que representam a quantidade de energia fornecida pelos alimentos. Carboidrato, proteína e lipídios (gordura) são as principais fontes de calorias da dieta, mas o álcool também contém calorias. Se todas as calorias consumidas não forem usadas como energia, serão armazenadas em forma de gordura.Carboidratos: uma das três principais fontes de calorias da dieta. Os carboidratos são provenientes primeiramente do açúcar (carboidrato simples) e do amido (carboidrato complexo, encontrado nos pães, massas e feijões). O carboidrato se transforma em glicose durante a digestão e é o principal nutriente que eleva os níveis glicêmicos.
Células Beta: as células que produzem insulina. Encontram-se nas ilhotas de Langerhans do pâncreas.
Cetoacitose ou Coma Diabético: uma condição grave causada por falta de insulina ou pela elevação dos hormônios do estresse. É marcada por altos níveis glicêmicos e pela presença de cetonas na urina, ocorrendo quase exclusivamente nos que têm diabetes tipo 1.
Cetonas: ácidos produzidos quando o organismo transforma a gordura em energia. O que ocorre quando não há insulina suficiente para que a glicose entre nas células, abastecendo-as, ou quando há excesso de hormônios do estresse.
Cicatrização: pele intacta, epitelização funcional.
Colesterol: uma substância gordurosa usada pelo organismo para construir as paredes das células e produzir vitaminas e hormônios. O fígado produz colesterol suficiente, mas nós ingerimos mais ao comermos produtos de origem animal. Ingerir alimentos com colesterol em excesso e gorduras saturadas faz com que o colesterol se eleve no sangue e se acumule nas paredes dos vasos sangüíneos. Um fator de risco para enfarto e derrame.Contagem de Carboidratos: é uma estratégia para o controle da glicemia, pela qual se calculam os gramas de carboidratos ingeridos nas refeições ou lanches, enfatizando a relação entre alimento, atividade física, nível de glicemia e medicação. Este método é utilizado desde 1935 na Europa e foi uma das estratégias utilizadas no estudo de 10 anos, realizado com pessoas portadoras de diabetes, conhecido como DCCT.
Diabetes: uma doença em que o organismo não produz insulina ou não consegue utilizá-la adequadamente. Caracteriza-se pelos altos níveis de glicose no sangue.
DiabetesGestacional: o diabetes que se desenvolve durante a gravidez. A glicemia materna se eleva em resposta aos hormônios liberados durante a gestação e a mãe não consegue produzir insulina suficiente para dar conta dos altos níveis de glicose que circulam no sangue. Embora o diabetes gestacional geralmente desapareça após a gravidez, aproximadamente 60% das mulheres que a tiveram acabam desenvolvendo o diabetes tipo 2.
DM 1: uma forma de diabetes que tende a se desenvolver antes dos 30 anos. Geralmente é causada pelo ataque do sistema imunológico às células beta do pâncreas e este fica impossibilitado de produzir insulina. Estes diabéticos precisam tomar insulina para sobreviver.
DM 2: esta forma de diabetes costuma ocorrer em pessoas com mais de 40 anos, mas pode se desenvolver nos mais jovens, especialmente nas minorias. Quase todas as pessoas que desenvolvem o diabetes tipo 2 são insulinorresistentes e a maioria tem problemas com a secreção da insulina. Alguns simplesmente não conseguem produzir insulina suficiente para satisfazer o organismo e outros têm uma combinação destes problemas. Muitos a doença com dieta e exercício, mas alguns precisam também tomar remédios ou insulina.
Doença Vascular Periférica (DVP): presença de sinais clínicos, tais como a ausência de pulsação nos pés, histórico de claudicação intermitente, dor em repouso e/ou anormalidades na avaliação vascular não invasiva, indicando circulação alterada ou danificada.
Endocrinologia: o estudo dos hormônios em funcionamento no organismo. Como a insulina é um hormônio, o diabetes é uma doença do sistema endócrino. Muitos "médicos de diabetes" são endocrinologistas.
Testes de Urina: exames que mensuram as substâncias na urina. Os exames de urina para níveis glicêmicos não fornecem informações a tempo, o que é tão importante para o controle da glicemia. Os exames de urina para cetonas, também chamados de cetonúrias, são muito úteis para monitorizar o controle do diabetes e importantes para prevenir a cetoacidose.Gestante Diabética: é quando a mulher que já tem diabetes está grávida. É muito importante conversar com o médico antes de engravidar, pois a mulher precisará de alguns cuidados especiais.
Glicemia: a glicemia é a taxa de glicose (açúcar) no sangue. Ela varia em função da nossa alimentação e nossa atividade. Uma pessoa em situação de equilíbrio glicêmico (ou homeostase) possui uma glicemia que varia, em geral, de 0,80 a 1,1g/L. Uma taxa de glicose superior a 1,26g/L indica um risco de diabete de 50%.
Hemoglobina Glicolisada (HbAlc): descreve o acoplamento da glicose aos glóbulos vermelhos. Quando a glicemia está alta, a porcentagem de glicose acoplada aos glóbulos vermelhos aumenta. Este exame de sangue avalia o controle médio da glicemia nos últimos três ou quatro meses. Este tipo de exame mensura a hemoglobina Alc (HbAlc).
Glicose: forma simples de açúcar que serve como combustível para o organismo. Ela é produzida com a "quebra" dos alimentos no sistema digestivo. O sangue carrega a glicose para as células. A quantidade de glicose no sangue é conhecida como nível glicêmico ou glicemia.
Glicosímetro (Medidor de Glicemia): um instrumento manual que testa o nível de glicose no sangue. Coloca-se uma gota de sangue (obtida através de uma picada no dedo) em uma pequena fita reagente, que é inserida no medidor. Este, por sua vez, calcula e mostra o nível glicêmico.
Glucagon: hormônio produzido pelo pâncreas que eleva os níveis glicêmicos. Reações insulínicas graves são tratadas com um preparado injetável, adquirido sob receita médica.
Gangrena: necrose contínua da pele e das estruturas subjacentes, músculos, tendões, articulações ou ossos, indicando danos irreversíveis nos quais a cicatrização não pode ser obtida sem a perda de alguma parte da extremidade.
Hiperglicemia: uma condição em que os níveis glicêmicos elevam-se demais (geralmente 140 mg/dl ou acima). Os sintomas incluem micção freqüente, mais sede e perda de peso.
Hipoglicemia: uma condição em que os níveis glicêmicos baixam demais (geralmente abaixo de 70 mg/dl). Os sintomas incluem mau humor, entorpecimento dos braços e mãos, confusão e tremor ou tontura. Se não for tratada, pode piorar e levar à inconsciência.
Hipoglicemiantes orais ou medicamentos antidiabéticos orais: medicamentos tomados oralmente para baixar os níveis glicêmicos. São usados por algumas pessoas portadoras de diabetes tipo 2 e não devem ser confundidos com insulina.
Índice Glicêmico: é um fator que diferencia os carboidratos. Podemos classificá-los de acordo com a velocidade com que eles entram no sangue. Quanto mais rápido, maior será a descarga de insulina, pois o corpo tenta manter o equilíbrio.
Imunossupressão: é a repressão ao sistema imunológico. Pessoas que recebem transplantes de rins ou pâncreas tomam drogas imunossupressoras para que o sistema imunológico não ataque o novo órgão.
Insulina: um hormônio produzido pelo pâncreas que auxilia o organismo a utilizar a glicose. É a "chave" que "abre as portas" das células permitindo a entrada da glicose, que, por sua vez, alimenta as células.
Insulina Basal: insulina intermediária, ou de ação longa, que é absorvida lentamente e empresta ao organismo um nível baixo e estável de insulina, que imita a liberação insulínica de fundo estável natural do organismo. Termo usado também para descrever a liberação de fundo estável da insulina de ação rápida feita por uma bomba.
Intolerância à Glicose: condição diagnosticada quando um exame demonstra que o nível glicêmico da pessoa fica entre o normal e o diabetes. Não é considerada uma forma de diabetes, mas as pessoas com esta condição sofrem risco maior de desenvolver a doença.
Metabolismo: termo usado para descrever a captação e utilização da energia para o sustento da vida. O diabetes é uma doença metabólica porque afeta a capacidade do organismo de captar a glicose dos alimentos que será utilizada pelas células.
Nefropatia: rim danificado. Esta condição oferece risco de vida. Quando os rins deixam de funcionar, tornam-se necessários a diálise (filtragem do sangue através de uma máquina) ou um transplante.
Neuropatia: nervos danificados. A forma mais comum de neuropatia é a periférica, que afeta os nervos externos ao cérebro e à coluna vertebral. A neuropatia periférica danifica os nervos motores (que afetam os movimentos voluntários, como caminhar), os nervos sensoriais (que afetam o tato e as sensações) e os nervos autônomos (que afetam funções orgânicas, como a digestão).
Obesidade: quantidade anormal e excessiva de gordura física. A maioria das pessoas obesas tem seu peso significativamente acima do normal. Entretanto, a obesidade também ocorre em pessoas que não estão acima do peso, mas que têm mais gordura do que músculos. A obesidade é considerada uma doença crônica. Está em alta e é um fator de risco para as pessoas com diabetes tipo 2.
Pâncreas: uma glândula em forma de vírgula localizada logo atrás do estômago. Produz enzimas que digerem os alimentos e hormônios que regulam o uso do combustível no organismo, inclusive a insulina e o glucagon. Num pâncreas em pleno funcionamento, a insulina é liberada através de células especiais localizadas em agrupamentos denominados ilhotas de Langerhans.
Pé Diabético: uma das complicações do diabetes é a neuropatia, cuja forma mais comum afeta os nervos periféricos, principalmente dos pés e pernas, prejudicando as sensações de dor, frio e vibração. É importante esclarecer que nem todas as pessoas com diabetes terão neuropatia e que os mal controlados têm mais chance de desenvolvê-la.
Resistência à Insulina: uma condição em que o organismo não responde à insulina adequadamente. É a causa mais comum da diabetes tipo 2.
Retinopatia: dano às pequenas veias do olho que pode levar a problemas de visão. Na retinopatia os vasos sangüíneos aumentam e vazam líquido na retina, podendo causar visão embaçada. A retinopatia proliferativa é mais grave e pode causar perda da visão. Neste caso, novos vasos se formam na retina e ramificam-se para outras regiões do olho, o que pode causar vazamento de sangue no líquido dentro do olho, como também descolamento da retina.

Fonte: Guia Completo sobre Diabetes da American Diabetes Association, Bruce R. Zimmerman e Elizabeth A. Walker.

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