segunda-feira, 16 de abril de 2018

Hiperglicemia

Para evitar a hipoglicemia e a hiperglicemia, além das complicações do diabetes, o se-gredo – que não é segredo, na verdade - é manter os níveis de glicose dentro da meta estabelecida para você. Em tratamento e controle, vimos que manter hábitos saudáveis e um estilo de vida ativo, além de seguir as orientações sobre a medicação são medidas que podem garantir o alcance das taxas de glicose almejadas. Essa meta varia de acordo com a idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco, além de situações como a gravidez, por exemplo. Saiba mais em A gestação da mulher com diabetes.​ Hiperglicemia (nível muito alto de glicose no sangue) A hiperglicemia acontece quando há pouca insulina no organismo ou quando o corpo não consegue usá-la apropriadamente. Ela pode ser causada por: Dose incorreta de insulina, se você tem o Tipo 1; Dificuldade do corpo para utilizar a insulina que está sendo produzida (resistência à insu-lina), no caso do Tipo 2; Excesso de alimentação – e carência de exercícios físicos; Stress causado por uma doença, como uma gripe; Outras fontes de estresse, na família, na escola ou no trabalho; O chamado ‘fenômeno do alvorecer’. Todas as pessoas passam por essa condição, te-nham ou não diabetes. É uma onda de hormônios que o corpo produz entre 4h e 5h da manhã, todos os dias, e que provocam uma reação do fígado, com liberação de glicose e preparação do organismo para mais um dia de atividades. O corpo produz menos insulina e mais glucagon (hormônio que aumenta a glicose no sangue), mas as pessoas com dia-betes não têm respostas normais de insulina para regular essa onda, e a glicemia de je-jum pode subir consideravelmente. Para evitar essa condição, valem as dicas: jantar no início da noite, fazer uma caminhada leve após o jantar, perguntar ao médico sobre medi-camentos específicos ou ajuste do tratamento do diabetes, seja insulina ou outros medicamentos. Sinais e tratamento da hiperglicemia A hiperglicemia é a elevação da glicose no sangue, em geral acompanha-se também de altos níveis de açúcar na urina, causando excesso de urina e vontade frequente de urinar e por consequência, aumento da sede. Uma das formas de baixar a glicose no sangue é fazer exercícios. Entretanto, como já vimos no item Complicações / Cetoacidose diabética, se a taxa de glicose no seu sangue estiver acima de 240 mg/dl, é importante checar os níveis de cetonas, no sangue ou na urinar. Se houver cetonúria (na urina) ou cetonemia (cetonas no sangue), os exercícios não são recomendados, já que podem levar à descompensação metabólica e e fazer a glicose subir ainda mais. É importante avaliar se a dieta está inadequada. Se os ajustes na alimentação e no programa de exercícios não forem suficientes, é possível alterar a dose dos medicamentos e da insulina, ou ainda a frequência com a qual você os aplica. Você, no controle Uma das principais ações para alcançar bons resultados e evitar o agravamento da hipoglicemia e da hiperglicemia é fazer o automonitoramento das taxas de glicose no sangue. Medir regularmente a glicose no sangue permite que: Você saiba se sua glicose está alta ou baixa em determinado momento; Você avalie como seu estilo de vida e a medicação prescrita estão agindo sobre a glicemia; A equipe multidisciplinar e seu médico podem decidir, junto com você, as mudanças ne-cessárias para que o nível de glicose no sangue fique sob controle. Para aqueles que usam insulinas de ação rápida ou ultrarrápida, permite calcular a dose de insulina de acordo com a quantidade de carboidratos que será ingerida (contagem de carboidratos) e com o valor da glicose na glicemia capilar (na ponta do dedo). Com qual frequência e como devo medir? A frequência em que você vai medir sua glicose deverá ser decidida de acordo com o seu plano de tratamento. O médico e a equipe multidisciplinar vão estabelecer, junto com você, os momentos em que você deverá realizar seu automonitoramento. Há várias maneiras de medir os níveis de glicose no sangue, de testes em laboratório até pequenos dispositivos portáteis (glicosímetros) que você leva para onde estiver. Há vários modelos de glicosímetros disponíveis em quase todas as grandes redes de farmácias. É importante que o médico ou o seu educador em diabetes oriente você sobre qual é o melhor modelo e faça um treinamento para que você não tenha dúvidas na hora de usar. Algumas perguntas que você deve fazer, caso não receba essa orientação: Como usar o aparelho; Como usar e descartar as lancetas, pequenas pontinhas que perfuram sua pele; O tamanho correto da gota de sangue necessária para a medicação; O tipo de tira que deve ser usada no aparelho; Como limpar o aparelho; Como checar se o aparelho está calibrado. Manter os níveis de glicose dentro da meta pode ser desafiador e um pouco frustrante quando os resultados não são alcançados. O automonitoramento pode ajudar a fazer pequenos ajustes que vão tornar esse processo, aos poucos, mais fácil.

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