segunda-feira, 16 de abril de 2018

Sexo em diabéticos

A disfunção erétil (DE) é definida como incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção satisfatória para a atividade sexual. Apesar de ser muito comum entre a maioria dos homens em algum momento da vida, a disfunção atinge com uma frequência maior as pessoas com diabetes – e pode manifestar-se 5 a 10 anos mais cedo. Estudos internacionais apontaram que 50% dos homens relatarão algum episódio de DE nos seis primeiros meses após o diagnóstico de diabetes. Mesmo assim, a DE pode ser bem controlada em quase todos os homens portadores da doença. Problemas de ejaculação Distúrbios na ejaculação são um problema sexual comum em homens com diabetes, atingindo de 32 a 67% dessa população. Homens com diabetes que enfrentam essa questão e têm alguma preocupação com a fertilidade devem buscar orientação com os profissionais de saúde capacitados. Por que acontece e o que fazer? O diabetes sem controle causa danos às paredes dos vasos sanguíneos, que afetam a circulação e o fluxo de sangue para o pênis. Além disso, danos aos nervos, como vimos em Neuropatia diabética podem prejudicar o processo. Em alguns casos, a DE pode ser um efeito colateral de medicamentos utilizados no tratamento do diabetes. O primeiro passo para chegar a um diagnóstico é contar ao seu médico, que fará algumas perguntas e exames para identificar a causa. Existem vários tratamento efetivos para a DE, e é importante que os cônjuges participem das discussões sobre as opções de tratamento. Essas opções incluem medicamentos orais, que aumentam o fluxo sanguíneo para o pênis. Eles podem ser usados de forma segura na maioria dos homens com diabetes, mas não são indicados para homens com algumas condições cardíacas específicas. É importante ter orientação e acompanhamento médico para uso seguro e bem indicados essas medicações. Há ainda possibilidades como injeções, reposição hormonal, equipamentos mecânicos, implantes e cirurgias, já bem consolidadas na medicina e com bons resultados. Uma parte essencial do tratamento consiste, sempre, em gerenciar a glicemia, a pressão e o colesterol, além de abandonar o cigarro e fazer exercícios regularmente. A saúde sexual é um sinal da sua saúde geral. Atenção: Existe uma quantidade enorme de informações sobre problemas de ereção na internet. Mas boa parte delas não é confiável ou é disponibilizada por empresas interessadas em vender produtos, nem sempre aprovados pelos órgãos responsáveis e sem base científica. Cuidado: essas empresas apostam na crença de que os homens ficam desconfortáveis quando precisam discutir problemas sexuais e terão a ilusão de que podem experimentar os produtos com privacidade, sem ter que expor suas dificuldades. O autodiagnóstico e o autotratamento, com base nas informações que você lê ou recebe de amigos, pode até prolongar ou piorar o problema. O ideal é conversar com seu médico ou mesmo com outro membro da equipe multidisciplinar, com quem você se sinta mais à vontade, para que haja uma orientação qualificada. E as mulheres? A disfunção sexual do diabetes também pode afetar as mulheres. Altas taxas de glicose, lesões nos nervos, depressão (veja mais em Saúde Mental) e propensão a infecções genitais são alguns dos fatores que podem afetar a vida sexual da mulher com diabetes. Fique atenta aos sinais: Falta de interesse em sexo; Secura vaginal; Desconforto durante a relação sexual; Dificuldade maior em chegar ao orgasmo. A melhor forma de prevenção e tratamento é conversar com seu médico, para entender as causas e identificar as melhores medidas. A solução pode ser bem simples, como o uso de um lubrificante, ou demandar um acompanhamento maior. Mas não fique adiando a conversa com o especialista. Nem a sua felicidade.

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